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sexta-feira 24 de janeiro de 2020 às 15:26h

Ala do Pros ligada a presidente afastado reclama de “golpe”

POLÍTICA


O presidente afastado do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes Júnior, ganhou apoio oficial da bancada de parlamentares federais da sigla – formada por três senadores e 10 deputados – e dos presidentes estaduais da agremiação na guerra jurídica e política contra a ala que o destituiu do cargo no último dia 11 de janeiro.

Júnior, que é fundador do Pros, é acusado pelos adversários internos de desviar recursos da legenda – um inquérito da Polícia Civil goiana com as denúncias foi enviado para a Justiça Federal. Ele também é investigado em um caso de agressão, cuja vítima seria sua própria filha.

Segundo o Metrópoles, os aliados do presidente destituído não advogam por sua inocência, mas alegam que o afastamento é ilegal por não terem sido cumpridos os ritos previstos no estatuto do partido. “Se tiver erro, tem que pagar, mas isso não justifica tomar o partido de assalto. Está acontecendo um golpe, completamente fora da legalidade”, afirma o líder do partido no Senado, Telmário Mota (Pros-RR).

Outro membro da bancada, o senador Fernando Collor (Pros-AL), se posicionou na mesma linha nas redes sociais.

Veja:

 

Integrantes da ala ligada ao presidente afastado disseram que a reunião que destituiu o presidente, no dia 11 de janeiro, foi ilegal porque outra reunião, três dias antes, tinha afastado dos cargos o agora presidente da comissão executiva nacional provisória, Marcus Vinicius Chaves de Holanda.

“Ele é um presidente autointitulado do partido. Tanto que não aparece nenhuma mudança na direção no registro do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, dizem.

Holanda é acusado de ter invadido a sede nacional do partido, no Lago Sul, em Brasília, com um grupo armado (imagem em destaque). “Eles ameaçaram o porteiro, tomaram o imóvel, tinham instalado uma escuta que foi encontrada por nós”, narram os aliados de Júnior.

A ala ligada ao presidente afastado pediu na Justiça a reintegração de posse da sede, mas o caso ainda não foi julgado.

“Jogo político”

O interventor Marcus Vinicius Chaves de Holanda afirma que seu nome não aparece como presidente do partido no sistema do TSE por causa de questões burocráticas. “Até a próxima segunda-feira, acredito que isso mudará”. Sobre os parlamentares da legenda que defendem seus adversários, Holanda afirma ver “jogo político”.

“Em privado eles têm me ligado e me apoiado, mas não podem fazer isso publicamente ainda antes do reconhecimento do TSE. Queremos acabar com os desmandos no partido e a bancada apoia”, garante.

Veja como Eurípedes Júnior ainda é considerado presidente do Pros pelo TSE:

REPRODUÇÃO/TSE

Guerra virtual

O desencontro no Pros fica explícito nos canais de comunicação do partido. Ao ocupar a sede, a ala que derrubou Eurípedes Júnior tomou conta das redes sociais da sigla, mudou as senhas e tem usado os espaços para divulgar as acusações contra o presidente afastado.

A ala ligada a Júnior manteve o controle do site oficial da legenda e tem usado o espaço para denunciar o que chama de golpe partidário.

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