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segunda-feira 1 de fevereiro de 2021 às 08:25h

Aliados de Bolsonaro, Lira e Pacheco chegam com vantagem para a eleição no Congresso

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro chegam com amplo favoritismo à eleição de hoje que vai definir os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, reúne 11 partidos em seu bloco e, com promessas de cargos no governo e liberação de emendas, conseguiu provocar rachas no apoio ao adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). Na noite de ontem, o DEM, partido de Rodrigo Maia, rompeu com a candidatura de Baleia. Com Lira na dianteira, Baleia tenta ao menos levar a disputa ao segundo turno. 

Enquanto isso, no Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) tem ampla vantagem sobre Simone Tebet (MDB-MS), a ponto de o partido da senadora liberar a bancada e negociar cargos na Mesa Diretora com o favorito. Pacheco recebeu declaração pública de “simpatia” de Bolsonaro e teve integrantes do governo articulando em seu favor.

O que foi dito: ontem, em entrevistas à GloboNews, Baleia disse que não é o candidato da oposição, mas “não fugirá da responsabilidade” de analisar pedidos de impeachment. Lira disse que é a pressão social que pauta o presidente da Câmara a abrir o processo contra o chefe do Executivo.

Em paralelo: irritado com o desembarque do DEM e com a pressão do governo sobre seu partido, Rodrigo Maia comunicou à cúpula da sigla que pretende deixar a legenda e disse a aliados que poderia abrir um processo de impeachment . Ele deixa a presidência da Câmara hoje e tem 64 pedidos contra Bolsonaro à espera de deliberação. Parlamentares que estavam na reunião interpretaram a declaração como um “desabafo”.

Aconteceu ontem: manifestantes voltaram às ruas de Rio, Brasília, São Paulo e ao menos outras seis cidades para pedir o impeachment de Bolsonaro. Foi o segundo final de semana seguido de protestos contra o presidente.

Entrevista: a possível vitória de Lira deve sacramentar uma aliança cujo principal objetivo é a “blindagem para evitar um eventual processo de impeachment”, afirma o sociólogo Carlos Melo, do Insper. Ele diz que o governo não vai aprovar tudo o que quiser com o aliado no comando da Câmara: “Quando a prática é fisiológica, cada nova votação exige nova negociação e concessão de recursos”.

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