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‘Brasil funciona em uma esculhambação porque quer’, diz vice de Álvaro Dias

quarta-feira 15 de agosto de 2018 às 16:05h

Candidato a vice-presidente na chapa de Álvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello de Castro (PSC) disse que ficou “preocupado” com as propostas apresentadas até o momento pelos aspirantes ao Palácio do Planalto.

Na avaliação do empresário, a população ainda está “majoritariamente indecisa, porque não teve tempo de absorver às propostas”. Ele criticou a situação do país. “O Brasil funciona em uma esculhambação porque quer. Somos um país rico, a esculhambação manda, prevalece, a república dos canalhas está instalada, porque não estamos atentos em nos revoltar e ir nas ruas para comandar uma reação forte”, frisou em entrevista à rádio Metrópole, .

Em relação ao desempenho dos concorrentes no debate da TV Bandeirantes, que foi transmitido na semana passada, o ex-presidente do BNDES avaliou o nível como “extremamente superficial”.

“A gente percebe que os candidatos e suas assessorias não fizeram o dever de casa e uma vez eleitos vão procurar saber o que pode ser feito. […]  Alguns podem estar pensando: como é que você responde em um minuto e meio algo tão complexo? Quem tem uma visão aprofundada de um determinado problema, como um bom professor, consegue resumir algo muito difícil em uma fórmula. Além dessa simplicidade de ter em poucas palavras, existe algo por trás, passar a convicção de que aquele assunto foi estudado e sabe-se como aplicar. Uma palavra certa indica o caminho”, avaliou.

Rabello admitiu ter sido uma decisão “sofrida” renunciar à disputa pelo Palácio do Planalto, mas ressaltou que, se eleito, vai trabalhar em parceria.

“Eu gostaria, por exemplo, de estar protagonizando um desses debates presidenciais porque a gente acha que tem ideias que são mais importantes e oportunas para o Brasil de hoje. [No entanto] nós adotamos essa perspectiva de apresentarmos ao Brasil uma proposta diferente, de ‘compre um e leve dois’. Vote em um e leve dois. Um presidente que tenha um vice que não fica torcendo para que ele quebre o pé, mas que trabalha como um copiloto na cabine dessa aeronave Brasil, ajudando que os passageiros tenham uma viagem segura, agradável e que passem bem”, pontuou.

Especificamente sobre o candidato do MDB, Henrique Meirelles, ele disse que o ex-ministro da Fazenda elaborou uma “fórmula equivocada” com a “PEC dos Gastos”.  “Ao atrelar o controle dos gastos à taxa de inflação do ano anterior, introduziu um mecanismo inflacionário, em vez de haver contenção. A festa do gasto continuou no governo. Essa é a razão para o governo estar em 2018 se abatendo com um gasto monstruoso. Óbvio que ninguém vai conseguir elevar a economia sem controlar o próprio gasto. Meirelles não tem carteira de habilitação para discutir novos empregos e a retomada da economia”, atacou.

 

Por Rodrigo Daniel Silva e Gabriel Nascimento

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