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quinta-feira 23 de janeiro de 2020 às 16:27h

Centro de Convenções terá busto em homenagem ao ex-senador Antônio Carlos Magalhães

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O novo Centro de Convenções de Salvador (CCS), na orla Boca do Rio, terá um busto em bronze em homenagem ao ex-senador Antônio Carlos Magalhães. A obra fará parte da decoração interna do novo equipamento, que será administrado pela GL Events pelos próximos 25 anos.

O busto, feito pela artista e diretora da Escola de Belas Artes da Ufba, Nanci Novais, será entregue hoje à noite, durante a inauguração para convidados do CCS, organizada pela GL Events. Vale lembrar que o centro terá o nome do político baiano com base na lei municipal 9.365/2018, proposta e aprovada pela Câmara Municipal, com a sanção do Executivo.

Foto: Divulgação

A peça pesa aproximadamente 30 quilos e mede 70 cm x 50 cm. “Sinto-me lisonjeada e premiada por ter uma obra em um espaço tão representativo e importante para a cidade”, comemorou Nanci, conhecida por organizar e participar de diversas exposições, individuais e coletivas, no âmbito local, nacional e internacional. Como escultora, é autora de diversos projetos públicos e monumentos, tanto em Salvador como em cidades do interior da Bahia, atuando também na criação de troféus, medalhas e bustos de personalidades homenageadas.

Dentre as obras feitas por ela na capital baiana está o monumento Engenheiro Carlos Batalha, na Praça Carlos Batalha (Rio Vermelho), a escultura da imagem peregrina do Senhor do Bonfim, na Basílica do Bonfim, e o Monumento à Sabedoria, no campus da Ufba de Ondina. No interior do estado, há os monumentos ao poeta Castro Alves, na cidade de Cabaceiras, e ao ex-governador da Bahia Régis Pacheco, em Jequié.

Processo

A confecção do busto de ACM começou em 20 de dezembro. Nanci contou que, para a fase de modelagem, foi usado 100 kg de argila bruta. O serviço ainda envolveu o uso de gesso e fibra de vidro para fabricação de um molde.

“O trabalho é todo com base nas fotografias do personagem e indicações de pessoas que conviveram com ele para poder passar alguns detalhes da fisionomia. É um trabalho que exige concentração. Como o senador Antônio Carlos Magalhães era conhecido nacionalmente, facilitou muito”, revela Nanci.

A artista, aliás, já elaborou quatro obras em homenagem ao político baiano, a exemplos de uma medalha em baixo-relevo que se encontra no Teatro Castro Alves, no Campo Grande, e um busto presente no Memorial do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, no CAB.

“O busto que irá para o novo Centro de Convenções foi concluído no último dia 10. Não tive Natal nem Ano-Novo. Passei o período trabalhando para que no início deste mês a obra estivesse pronta. Como não temos fundição em Salvador, o busto foi enviado para Cotia, em São Paulo, para ser finalizado”. A peça retornou ontem (22) a Salvador.

Biografia

A denominação de ACM, como era nacionalmente conhecido, para o CCS – que oficialmente vai se chamar Centro de Convenções Salvador Antonio Carlos Magalhães – foi fruto do projeto de lei de autoria do vereador Kiki Bispo (PTB), aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito ACM Neto. O político baiano, que também foi prefeito de Salvador e governador do Estado, figura na lista dos homens públicos que fizeram história no Brasil.

Nascido em 4 de setembro de 1927, em Salvador, ACM se formou em Medicina pela Ufba e também atuou como jornalista. Sua carreira política se iniciou em 1954, quando elegeu-se deputado estadual em 1954 pela extinta UDN (União Democrática Nacional). Em 1958, foi deputado federal, sendo reeleito em 1962 e em 1966 e, no ano seguinte, nomeado prefeito de Salvador, onde fez obras importantes, como as avenidas de vale. Em 1971, ACM foi indicado para ser governador da Bahia pela primeira vez.

Logo após terminar seu mandato à frente da gestão estadual, foi nomeado em 1975 para a presidência da Eletrobras (Centrais Elétricas Brasileiras S.A), conduzindo nessa empresa a meta de suprir a carência de eletrificação rural do país. Iniciou a hidrelétrica de Itaparica no Rio São Francisco (que passou a se chamar Luiz Gonzaga) e tornou possível a execução do primeiro complexo petroquímico planejado do país, no município de Camaçari.

Em 1978, ACM foi novamente eleito governador da Bahia por meio de um colégio eleitoral, gerindo o estado entre os anos de 1979 e 1983. Em 1985, foi nomeado pelo presidente José Sarney para o cargo de ministro das Comunicações, onde permaneceu na função até março de 1990, quando se licenciou para disputar, desta vez, por meio de eleições diretas, o governo da Bahia – foi eleito no primeiro turno, na ocasião.

O legado deixado durante os três mandatos como governador envolve as construções do Centro Administrativo da Bahia (CAB) e da barragem de Pedra do Cavalo; a estruturação da política de turismo do estado, a expansão agrícola para o Oeste baiano; além da implantação da indústria de celulose e obras de grande impacto, como a requalificação do Centro Histórico da capital.

Em 1994, ACM voltou a ser eleito senador da República e chegou a presidir a Casa entre os anos de 1997 a 2001, reelegendo-se em 2002. No dia 20 de julho de 2007, aos 79 anos, o parlamentar, internado no Instituto do Coração em São Paulo, morreu de falência múltipla dos órgãos.

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