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quarta-feira 11 de setembro de 2019 às 15:53h

Em julho, vendas no comércio varejista baiano crescem 3,5%

NEGÓCIOS


As vendas no comércio varejista baiano cresceram em 3,5% em julho de 2019, na comparação com igual mês do ano anterior. Na análise sazonal, o comércio varejista no estado baiano registrou taxa positiva de 2,4%. Variação mais expressiva desde novembro/18 (11,4%). Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional, e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

Segundo o secretario estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, mesmo num cenário nacional de crise na economia, a Bahia apresenta saldo positivo no comercio varejista. “Isto está diretamente relacionado à geração de emprego, com a criação de 28.086 novos postos de trabalho formal no ano e melhoria das condições de crédito que mantém a Bahia na liderança no nordeste neste ano de 2019”. Pinheiro relaciona ainda a recuperação do comércio varejista, em julho, à realização da 8ª edição do “Liquida Bahia” que contou com o apoio do Governo do Estado.

Outros fatores influenciaram as vendas do varejo baiano: o efeito calendário, já que houve um dia útil a mais em julho de 2019 (23 dias) em relação ao mesmo mês de 2018 (22 dias) e a recuperação do Índice de Confiança do Comércio (ICOM) que de acordo a Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,3 pontos em julho, ao passar de 93,2 para 95,5 pontos. Ressalta-se também o acréscimo de 0,8% da massa de rendimento e o aumento da ocupação em 2,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período anterior.

ANÁLISE DE DESEMPENHO DO VAREJO POR RAMO DE ATIVIDADE

Por atividade, os dados do comércio varejista do estado em julho de 2019, quando comparados aos de julho de 2018, revelam que cinco dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo. Listados pelo grau de magnitude das taxas em ordem decrescente, destacaram-se Combustíveis e lubrificantes (17,9%), Tecidos, vestuário e calçados (11,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%), e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%). Os demais segmentos as variações foram negativas: Móveis e eletrodomésticos (-1,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-26,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-48,1%). No que diz respeito aos subgrupos, verifica-se que registraram variações negativas Eletrodomésticos (-2,9%) e Hipermercados e supermercados (-0,7%). A variação para o subgrupo de Móveis foi nula.

Em julho, a mais importante influência positiva veio do segmento Combustível e lubrificante, seguido por Tecidos, vestuário e calçados, e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.

A contribuição significativa do segmento Combustíveis e lubrificantes se deveu principalmente à redução nos preços dos combustíveis e ao efeito base, uma vez que em igual período do ano passado o segmento registrou variação negativa de 2,9. O comportamento positivo do setor se repete pelo terceiro mês consecutivo.

Já Tecidos, vestuário e calçados representa o quarto mês de crescimento sequenciado. Esse resultado reflete as promoções verificadas no segmento em decorrência do “Líquida Bahia”, que ocorreu no mês de julho contemplando mais de 50 cidades com os estabelecimentos do ramo praticando até 70% de desconto nos produtos. Além da base de comparação comprimida, já que em igual mês do ano anterior o volume de vendas dessa atividade foi negativo em 16,3%.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista volta a registrar crescimento nas vendas. De acordo com o IBGE o desempenho da atividade vem sendo sustentado pelo aumento da massa de rendimento real habitualmente recebida. Além da geração de empregos formais nos sete primeiros meses do ano

COMPORTAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, apresentou aceleração de 6,5% nas vendas em julho de 2019, em relação a igual mês do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação foi nula.

O segmento Veículos, motos, partes e peças teve crescimento de 15,8% nas vendas em julho de 2019, em relação a igual mês do ano anterior. A variação positiva reflete a melhoria das condições de crédito para as pessoas físicas com relação a julho de 2018. Entretanto, esse resultado não reverteu o comportamento dos negócios para a análise dos últimos 12 meses, registrando taxa negativa de 1,1%.

Em relação ao segmento Material de construção, as vendas no mês de julho foram positivas em 1,3%, na comparação com o mesmo mês de 2018. No acumulado dos últimos 12 meses, houve queda de 4,2%. O comportamento das vendas nessa atividade é influenciado pela lenta retomada de crescimento da atividade econômica, o que adia as reformas e construções residenciais.

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