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domingo 29 de março de 2020 às 06:31h

“Estamos preparados para caminhões do Exército transportando corpos?”, pergunta ministro da saúde

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Em reunião tensa neste sábado, no Palácio da Alvorada, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandettaafirmou ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) que a pandemia do coronavírus não é uma “gripezinha” e perguntou: “Estamos preparados para o pior cenário, com caminhões do Exército transportando corpos pelas ruas? Com transmissão ao vivo pela internet?”

De acordo com o jornal Estado de SP, Mandetta fez um apelo para o presidente criar “um ambiente favorável” para um pacto entre União, Estados, municípios e setor privado para todos agirem em conjunto, unificar as regras e medidas e seguir sempre critérios científicos.

O ministro também pediu ao presidente para não menosprezar a gravidade da situação nas suas manifestações públicas e, por exemplo, não insistir em ir a um metrô ou um ônibus em São Paulo, como chegou a aventar em entrevista coletiva. Mandetta deixou claro que, se o presidente fizesse isso, seria obrigado a criticá-lo. E Bolsonaro rebateu que, nesse caso, iria demiti-lo.

Ministros presentes, no entanto, consideraram que o resultado foi bom e que a reunião serviu como um “freio de arrumação”, até porque, de outro lado, todos, inclusive o próprio Mandetta, concordaram com a preocupação de Bolsonaro em preservar ao máximo a economia, o funcionamento dos transportes e da infraestrutura em geral.

Estavam presentes, além de Bolsonaro e Mandetta, os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Sérgio Moro (Justiça), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria do Governo), Braga Neto (Casa Civil), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e André Mendonça (AGU) e Antonio Barra Torres (Anvisa).

Logo depois, em coletiva, Mandetta deu uma coletiva virtual, onde tratou a crise do coronavírus de maneira técnica. Ele disse também que a pasta já considera flexibilizar o isolamento social no país como forma de garantir a movimentação da economia neste período. Mandetta afirmou que o “lock down” é uma “tragédia” e que está discutindo a questão com secretários municipais e estaduais de saúde para anunciar uma decisão.

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