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segunda-feira 14 de junho de 2021 às 07:11h

João Roma diz em entrevista que o Republicanos vai marchar com Bolsonaro em 2022

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), não descartou, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, a possibilidade de se reconciliar com o democrata.  O ministro destacou também os projetos que tem tocado na pasta, como a ampliação do Bolsa Família. 

Ainda na entrevista, Roma diz acreditar que o seu partido irá apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro no próximo ano. O ministro fala ainda sobre os projetos que têm desenvolvimento no Ministério da Cidadania, e sobre representar Bolsonaro na abertura dos Jogos Olímpicos no Japão. 

Tribuna – O senhor tem dito que pretende lançar um novo Bolsa Família. Qual a previsão?

João Roma – Nós já estamos trabalhando nesse planejamento para que possamos ampliar e fortalecer os programas sociais do governo federal, o Bolsa Família entre eles. Queremos avançar ainda mais nos programas, de forma que as pessoas possam encontrar no Estado Brasileiro cada vez mais um parceiro para que possam buscar ascensão social, melhoria de qualidade de vida e emancipação. E esse tem sido nosso foco no Ministério da Cidadania, o braço social do governo Bolsonaro: estender a mão para aquele brasileiro que mais precisa e ajudá-lo a superar suas adversidades. Quanto ao prazo, estamos avaliando de forma integrada no governo. As mudanças que faremos no Bolsa Família serão implantadas após o pagamento do Auxílio, de forma que as pessoas encontrem o programa mais fortalecido. A equipe técnica do Ministério da Cidadania, que inclusive tem feito um ótimo trabalho, está debruçada sobre isso para que possamos apresentar ao presidente Bolsonaro as mudanças para fortalecer ainda mais o Bolsa Família e os demais programas sociais. Com o Auxílio Emergencial do ano passado, inclusive, conseguimos aprimorar o Cadastro Único, fruto do cruzamento de informações de mais de 200 diferentes fontes de dados. Essas informações estão sendo cruciais para que possamos fortalecer não apenas o Bolsa Família, mas todos os nossos programas sociais, para que eles sejam políticas públicas ainda mais efetivas e eficazes, chegando na ponta, naquele brasileiro mais necessitados. 

Tribuna – Haverá um aumento no número de contemplados? Quantos baianos a mais devem ser contemplados pelo programa?

João Roma – Quando nós falamos em ampliar e fortalecer nossa ideia é que, sim, possamos aumentar este número de beneficiários, mas não apenas isso. Inclusive, é importante destacar que o programa já vem sendo ampliado. Em maio, por exemplo, o programa bateu um novo recorde histórico, chegando a 14,69 milhões de contemplados, o que é um número muito significativo e mostra o esforço que o governo Bolsonaro tem feito para amparar aquele brasileiro que está sofrendo mais com as consequências da pandemia. Porque nós sabemos que todos, de alguma forma, estão sofrendo neste momento, mas sabemos também que há aqueles que sofrem ainda mais. Para além de ampliar, queremos também fortalecer o programa, torná-lo ainda mais efetivo. E o que isso significa? Significa que não estamos discutindo apenas valores, mas queremos viabilizar a emancipação dessas pessoas, de forma que para que elas consigam se desenvolver por meio dessa rede de proteção social. Em relação à Bahia, ainda não podemos fazer essa estimativa. Agora, destaco que a Bahia tem mais de 3,4 milhões de beneficiários do Auxílio Emergencial, o que corresponde a 22,8% dos baianos. 

Tribuna – É verdade que pretende trocar o nome do Bolsa Família para dissociar do PT?

João Roma – Estamos dedicados primeiro ao conteúdo, e não ao rótulo. Nosso foco é a ampliação e o fortalecimento do programa. Inclusive, quero ressaltar também que a questão das fraudes é uma preocupação nossa. Em outros momentos, nós vimos muita notícia sobre a utilização indevida de programas sociais, casos de fraudes, de má utilização de uma política pública que é fundamental para amparar as pessoas que mais precisam, mas que acabavam sendo utilizadas para outros fins. 

Tribuna – O senhor se considera rompido com o ex-prefeito ACM Neto?

João Roma – Todo mundo sabe que, quando eu fui escolhido ministro da Cidadania pelo presidente Bolsonaro, ele rompeu comigo, disse que lamentava o fato de eu ter sido ministro, portanto ele tomou um caminho diferente. Hoje, ele está alinhado com Ciro Gomes, enquanto eu e o meu partido, o Republicanos, estamos alinhados com o presidente Bolsonaro. 

Tribuna – Acredita em uma reconciliação?

João Roma – Olha, nós não nos falamos desde o episódio, muitas coisas foram ditas naquele dia. Não vou ficar remoendo isso. O futuro a Deus pertence, já diz o ditado. O meu foco agora é o trabalho no Ministério da Cidadania, que considero ser a maior missão da minha vida pública até agora. Tenho me dedicado diuturnamente a esta missão e esse é o meu objetivo neste momento. 

Tribuna  Logo após ser nomeado, aliados seus disseram que o senhor disse que trabalharia pelo “projeto ACM Neto”. O senhor tem trabalhado nesse projeto? Ou o senhor desistiu?

João Roma – O projeto ao qual eu estou inteiramente dedicado é o do presidente Jair Bolsonaro, cujo governo tem se empenhado muito para dar a mão aos brasileiros mais vulneráveis. Meu grande foco no momento é esse. O Ministério da Cidadania tem uma grande estrutura, são muitas responsabilidades. Tem o Auxílio Emergencial, que no ano passado destinou R$294 bilhões aos que mais precisam, o que representa dez anos de execução do Bolsa Família. Tem também a própria Secretaria Especial do Esporte, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Enfim, estou dedicado a este projeto, que tem sido bastante gratificante. Agora, tenha certeza de que vou continuar ampliando a agenda do presidente Bolsonaro na Bahia e no Nordeste e defendendo o legado do nosso governo. 

Tribuna  O senhor sairia do Republicanos para ser candidato a governador?

João Roma – Bom, como eu disse, o Republicanos está nesta base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Inclusive a minha indicação para o Ministério da Cidadania é uma consolidação deste alinhamento entre o partido e o presidente. Então, eu acredito que o Republicanos vai marchar com Bolsonaro em 2022. Sobre candidatura ao governo, digo que isso não está na pauta agora. Reitero que estou inteiramente dedicado à missão no Ministério da Cidadania, de estar perto daquele cidadão que mais precisa. Claro que a última pesquisa (realizada pelo Paraná Pesquisas, que o colocou com 15% das intenções de voto) foi bastante significativa. Recebi com surpresa, porque não sabia que estava rodando pesquisa, e ainda com meu nome. Mas sem dúvidas que é um resultado interessante, que não pode ser desconsiderado. Mas tudo isso será debatido no momento certo. A pauta agora é ajudar os brasileiros mais vulneráveis. 

Tribuna – Como foi o encontro do prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o presidente Jair Bolsonaro, que o senhor participou? O senhor que articulou esse encontro?

João Roma – Foi um encontro muito produtivo e republicano. Discutimos projetos importantes para Salvador, o prefeito Bruno Reis apresentou demandas para a capital baiana e o presidente se mostrou disponível a contribuir com o desenvolvimento da capital. Inclusive, o presidente encaminhou mensagem ao Senado Federal para a apreciação do pedido de concessão da garantia da União para o empréstimo de 125 milhões de dólares para Salvador. Nossa articulação foi no sentido de buscar viabilizar o início das obras do trecho 2 do BRT, que é uma intervenção importante para melhorar a vida das pessoas em Salvador, principalmente daquelas que mais precisam, daquelas que utilizam o transporte público diariamente. Agradeço ao presidente Bolsonaro e ao ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) pela atenção a Salvador. Ressalto também que o governo Bolsonaro tem um olhar amplo para o Brasil e tem ações muito significativas na Bahia e em Salvador. Cito aqui os investimentos no Porto de Aratu, o leilão da Fiol, os mais de 180 quilômetros de estradas entregues no estado. Enfim, o governo Bolsonaro não irá se furtar de realizar investimentos para desenvolver nosso estado e nossa capital e, acima de tudo, para ajudar e estar junto das pessoas que mais precisam.

Tribuna – O senhor irá no próximo mês ao Japão para participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Quais deverão ser os demais compromissos lá?

João Roma – Primeiro, quero destacar o meu orgulho por representar o Brasil na abertura das Olimpíadas, um evento milenar carregado de simbologias. Acho que neste momento em que o mundo todo atravessa essa grave crise provocada pela pandemia da covid-19, a Olimpíada nos traz uma simbologia ainda maior. Nós sabemos que o espírito olímpico pode simbolizar um sentimento de esperança, de superação, de perseverança. É essa a mensagem que acredito que será passada, de que juntos vamos superar este momento. Voltando aos compromissos, ainda estamos fechando esta agenda no Japão, mas devemos ter encontros com autoridades locais e internacionais para discutir questões em comum. Em breve devemos fechar esta agenda. E para concluir esse assunto das Olimpíadas, quero pontuar que, até abril, 93% dos atletas brasileiros confirmados no evento são beneficiários do programa Bolsa Atleta, que é vinculado ao Ministério da Cidadania. Inclusive, o programa atingiu recentemente a maior marca da história, com 7.197 atletas contemplados. Acredito muito no esporte como uma poderosa ferramenta de transformação e ascensão social e, no Ministério da Cidadania, vamos continuar ampliando as nossas diversas ações relacionadas ao esporte para o Brasil. 

Tribuna – Qual sua avaliação do andamento da vacinação no Brasil? Vacinar toda a população é a única saída que temos para retomar de vez a economia e barrar o aprofundamento das desigualdades?

João Roma – O Brasil é um dos países que mais vacinam no mundo. O Brasil está colocando toda a sua entrega e determinação para adquirir doses de vacinas. Já somos o quarto país do mundo com mais doses aplicadas, quase 75 milhões. O esforço tem sido grande, porque temos também uma das maiores populações do mundo. E, claro, quanto mais gente para vacinar, maior é o desafio para o Estado. Mas estamos avançando. Veja que, entre as 10 maiores nações do planeta, o Brasil é o terceiro com maior porcentagem da população vacinada, só atrás dos Estados Unidos e da China. Estamos à frente até de países mais ricos, como Japão e Rússia. 24% da nossa população já recebeu pelo menos uma das doses da vacina, ou seja, um quarto da nossa gente já está imunizada ou a caminho disso. E sabemos que existe também a própria lógica da vacina. No caso da Oxford, que é uma das que mais tem sido administrada no Brasil, é preciso esperar 90 dias para aplicar a segunda dose. Nos EUA, que já têm 42% da população totalmente vacinada, boa parte é da vacina da Janssen, de dose única. Vacina, aliás, que o Brasil também terá acesso a partir desse mês. Nesta semana mesmo chegaram mais de 180 mil doses da Janssen à Bahia por meio de um esforço do Governo Federal junto ao FDA norte-americano. Então não tenha dúvida de que a vacinação seja a saída para esse momento de enfrentamento aos danos causados pela pandemia, em todos os sentidos e para curar todos os danos. Tantos os problemas econômicos que vivemos, a perda de postos de trabalho, mas sobretudo para impedir que mais brasileiros infelizmente lamentavelmente percam a vida.

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