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segunda-feira 12 de abril de 2021 às 07:03h

João Roma fala sobre sua suposta candidatura ao governo da Bahia

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Em entrevista ao jornal A Tarde, o deputado federal licenciado João Roma, agora ministro da Cidadania, falou sobre estar sendo apontado como possível candidato do Planalto ao governo da Bahia em 2022. Roma disse, que viu sua relação de mais de 20 anos com o ex-prefeito ACM Neto ser rompida, mas que ele e o presidente Bolsonaro nunca conversaram sobre candidatura.

Confira trecho do A Tarde:

Ministro, como o senhor avalia o trabalho do governo federal e do presidente Bolsonaro?

O Governo Federal tem buscado cada vez mais estar presente no cotidiano da população brasileira. A população, de alguma maneira, se viu alijada do processo civil, distante das estruturas do Governo Federal, onde você viu uma estrutura muito forte dessa burocracia, trabalhamos para si, para a própria estrutura do Estado em Brasília, com a realidade muito distinta do que é o dia a dia do brasileiro em todo o Brasil. Não só nos grandes centros, como também nas regiões periféricas, nos pequenos municípios. Então acho que a tônica principal é justamente essa presença do Governo nessa capilaridade. E isso se traduz como? Isso se traduz na entrega de obras, quando você observa o ministro da Infraestrutura, chamado agora pela população de “Tarcisão do Asfalto”, não anunciando obras novas, mas sim entregando obras que historicamente se arrastavam por décadas, sem servir à sua população, que é a principal finalidade de qualquer governo, essa capilaridade se traduz. Quando você vê a execução de um programa como o auxílio emergencial, executar em nove meses mais de dez anos do Bolsa Família, isso também se traduz em capilaridade. Quando o próprio programa Bolsa Família, que atinge historicamente o maior número de beneficiários, que foi em março desse ano com 14.520.000 pessoas, isso se traduz na presença do Estado. Assim como várias outras questões que estão saindo do papel, estão se concluindo. Tem a questão dos aeroportos, por exemplo, você tinha uma malha cada vez mais debilitada no Brasil, e hoje você vê investimentos mesmo num período de retração da economia mundial, como foi agora, por exemplo, no Infra Week, onde o Governo conseguiu arrecadar para um lote de aeroportos mais de R$3 bilhões, onde se previa apenas R$600 milhões.

Que cenário o senhor vislumbra para a eleição de 2022?Aposta numa polarização Bolsonaro x Lula ou haverá espaço para a construção de uma terceira via?

Eu acho que a própria eleição do Arthur Lira simbolizou um cenário de polarização. E hoje você começa a perceber que há uma tendência a termos uma eleição polarizada no próximo ano. Polarizada entre um viés de esquerda, especialmente com a possibilidade da presença do ex-presidente Lula nas eleições, o que por si só naturalmente faz atrofiar outras eleições num cenário antagônico. E dessa vez muda, porque na última eleição você tinha o Jair Bolsonaro disputando a atenção com uma pequena estrutura partidária. E dessa vez, você vê o Jair Bolsonaro disputando a reeleição da Presidência da República. Então naturalmente ele vai partir para essa disputa com um arco de aliança maior. O que é natural. E isso por si só tende a dificultar, a inviabilizar o surgimento de uma terceira via. Você observa isso com o enfraquecimento do João Dória em São Paulo, que não goza hoje de uma boa popularidade sequer em São Paulo, mas também de dificuldades dentro do seu partido PSDB.

Ministro, como o senhor vê a polarização entre ACM Neto e Jaques Wagner como os pré-candidatos ao governo da Bahia?

Olha, são duas candidaturas naturais ao governo do estado: Wagner, que representa o legado do Partido dos Trabalhadores, eu acho que vai encontrar naturalmente dilemas de um longo ciclo no poder, e ACM Neto, por outro lado, que encarna uma antítese ao governo do PT, que há uma demanda também, ele que saiu de uma administração com uma grande aceitação administrativa. Então é um cenário de duas candidaturas naturais ao governo para 2022. Apenas o que é preciso também levar em consideração é o cenário das eleições nacionais, pois nas últimas eleições isso se traduziu em fator determinante dos resultados eleitorais aqui na Bahia, e portanto, é preciso ficar muito atento ao cenário das eleições nacionais no próximo ano, como será, em que grau será a interferência dessa eleição nacional na Bahia.

O senhor aceitaria o desafio de encabeçar uma chapa do governo do estado e dar palanque para o presidente Bolsonaro na Bahia?

Eu e o presidente Bolsonaro nunca conversamos sobre candidatura, mas naturalmente através do meu Partido, o Republicanos, nós estaremos acompanhando o presidente Bolsonaro na eleição de 2022. A construção desse alinhamento dos Republicanos com o Presidente Bolsonaro se deu desde abril do ano passado de forma mais efetiva, e quese consolida, inclusive, com a minha presença como ministro do Presidente Bolsonaro, então naturalmente nós estaremos juntos na eleição 2022. De que maneira isso vai se traduzir nesses palanques estaduais, é uma consequência, inclusive, do trabalho que vamos desenvolver nesse período.

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