quinta-feira 28 de março de 2024
Gênero dos secretários municipais das 26 capitais: prefeitos nomearam mais mulheres para cargo em 2021 em comparação com 2017; número ainda é baixo — Foto: Anderson Cattai/G1
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domingo 10 de janeiro de 2021 às 13:27h

Nº de mulheres nomeadas secretárias cresce nas capitais, mas homens ainda respondem por mais de 70% dos cargos

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Um levantamento feito pelo G1 revela que os 26 prefeitos das capitais nomearam mulheres para 140 dos 507 cargos de chefia nas secretarias municipais (28% do total). Isso significa que as mulheres lideram menos de 3 a cada 10 pastas dos Executivos municipais. Os secretários, que tomaram posse nos últimos dias, foram nomeados pelos prefeitos, com quem devem trabalhar durante a gestão municipal.

Em Natal (RN) e São Luís (MA), os dados não estão completos, já que os prefeitos ainda devem divulgar os nomes de mais secretários municipais.

Os dados coletados pelo G1 mostram que, em 2021, todas as capitais têm ao menos uma mulher como secretária municipal. Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, é a única capital com apenas uma mulher. São 12 secretários no total. Em nota, a Prefeitura de Campo Grande afirma que “a mulher tem papel de destaque na gestão” e que a vice-prefeita, Adriane Lopes, “realiza trabalhos de extrema importância para a comunidade”.

“Também temos mulheres à frente da Secretaria de Educação e da Planurb [Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano], além de três subsecretarias comandadas por mulheres: do Bem-estar animal, da Juventude e dos Direitos da Mulher. Temos ainda em Campo Grande a primeira Casa da Mulher Brasileira”, diz a nota.

Em outras capitais, porém, apenas duas ou três mulheres foram nomeadas para o cargo, como em Porto Alegre e Goiânia – onde 90% do secretariado é formado por homens.

Já Recife e Belém registram o maior número de mulheres nos cargos, percentualmente. As mulheres ocupam a metade dos 18 cargos de secretaria do Recife. Em Belém, elas são 17 de 35 (49%). Nenhuma capital tem mais mulheres secretárias do que homens.

Secretários municipais, por gênero, nas 26 capitais: dados de 2017 e 2021 mostram quantas mulheres foram nomeadas para liderar as secretarias — Foto:  Anderson Cattai/G1

Embora os dados de 2021 não mostrem a equidade de gênero nas capitais, houve um aumento na representatividade. Em 2017, quando a gestão anterior teve início, 108 dos 492 cargos eram ocupados por mulheres (ou seja, 22%).

De 2017 para 2021, o percentual de mulheres nas secretarias aumentou em 14 das 26 capitais. Em Florianópolis e Maceió, o índice não oscilou. Dez capitais registraram uma queda: Campo Grande (-25 pontos percentuais), São Luís (-23 pp), Natal (-23 pp), João Pessoa (-22 pp), Vitória (-18 pp), Goiânia (9 pp), Rio Branco (-5 pp), Rio de Janeiro (-4 pp), Manaus (-4 pp) e Boa Vista (-2 pp).

Dos 26 prefeitos de capitais, apenas uma é mulher: Cinthia Ribeiro (PSDB), reeleita para comandar a Prefeitura de Palmas (TO). Apesar disso, são 10 mulheres e 22 homens no secretariado. O número de mulheres, porém, já é bem maior do que o registrado em Palmas em 2017: 2 mulheres e 26 homens.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, 51,8% dos brasileiros são mulheres. Porém, elas ainda são minoria quando o assunto é participação política. Nas eleições de 2020, a cada 10 candidaturas às prefeituras, apenas uma foi de mulher. Além disso, 12% dos prefeitos eleitos no 1º turno das eleições municipais eram mulheres.

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