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‘Nome de Ciro pode ser considerado pelo PT’, diz Pimentel

domingo 15 de julho de 2018 às 13:57h

Cercado por uma profunda crise fiscal e por denúncias de corrupção, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), aposta na vitória de um presidenciável de esquerda para melhorar a situação do estado, que pretende administrar por mais quatro anos. Seu principal adversário será o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB).

Se o registro da candidatura do ex-presidente Lula (PT) não for aceito, Pimentel avalia que seu partido deve considerar apoiar Ciro Gomes (PDT).

O sr. tem sido alvo por atrasos de repasses às prefeituras e de salários. Como resolver?

Não temos tido apoio do governo federal para nada. O estado está numa situação de completo desequilíbrio orçamentário. O grande problema é a Previdência pública. Sem ela, teríamos superávit de R$ 7 bilhões no ano passado. Com ela, há déficit de R$ 9 bilhões. Agora, falar que cortar despesa equilibra as contas… O candidato que disser isso não está falando a verdade.

Quais medidas o sr. tomou?

Estamos tomando. Só não tomamos mais porque a gente não consegue avançar com o governo, esse desastre chamado Michel Temer [MDB]. Fomos vítimas de um cerco brutal do governo. Estamos tendo que enfrentar esse déficit com os recursos disponíveis. E aí sou obrigado a parcelar salários.

O sr. tenta empréstimos via estatais e é travado na Justiça ou na Assembleia. Vai insistir?

Temos que insistir na estratégia de obter recursos extraordinários, que são legais.

O sr. diz que reduzir gastos não é suficiente, mas já recebeu dois alertas do Tribunal de Contas de que ultrapassou limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não cabe cortar despesas?

Como reduzir a despesa com pessoal? Queria que o TCE dissesse. Alguém demagogicamente pode dizer para extinguir cargos de confiança, cujo gasto é de R$ 17 milhões ao mês. A folha é de R$ 2,4 bilhões. Quando vejo pré-candidatos fazendo esse tipo de afirmação, me dá pena.

Mais quatro anos de Pimentel são mais quatro anos de salário atrasado?

Não, porque vamos conseguir receitas extraordinárias. Dia 31 de dezembro acaba o pesadelo Temer. Tenho certeza que o resultado da eleição tenderá para para o campo democrático-popular, que é onde eu me situo.

A três meses da eleição, o sr. não tem alianças definidas. Há isolamento?

Temos o PC do B, estamos em negociação avançada com PR, PV. Eu não me surpreenderia se o MDB fizesse aliança conosco apesar desses últimos desentendimentos. O MDB de Minas não é do Temer, são do nosso campo.

Já definiu vice?

Tenho carinho extraordinário pela Jô Moraes [PC do B], mas eu sei que ela quer o Senado. O MDB tem grandes nomes, o deputado Adalclever Lopes, presidente da Assembleia, é um nome qualificado para qualquer cargo. O PR tem o filho do Zé Alencar, o Josué, nosso amigo.

Houve boatos de que Dilma ou Josué disputariam em seu lugar.

É medo que eles têm de que eu seja candidato. Tenho uma notícia ruim para dar a eles: eu sou o candidato. E serei muito competitivo. Temos um governo que está mantendo o estado funcionando.

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