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segunda-feira 21 de setembro de 2020 às 08:56h

Pandemia da Covid-19 ainda vai afetar o mundo por um ou dois anos, diz infectologista

CURIOSIDADES, NOTÍCIAS


Mesmo que os casos da COVID-19 sigam uma tendência de queda em alguns Estados do Brasil, o vírus no mundo ainda vai demorar algum tempo para de fato arrefecer. Mas o patógeno não vai sumir. Ele irá se transformar numa espécie de vírus global, assim como o de um resfriado comum.

Quem sustenta as ideias é o professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine, Adam Kucharski. Autor do best-seller “As regras do contágio” (Record), acredita que ainda é preciso checar a efetividade das vacinas que estão sendo produzidas, sem abrir mão das medidas de contenção.

Em entrevista ao o Globo, ele respondeu:

“A vacina ideal seria uma que impede a maior parte das pessoas de se infectar e essa proteção dure por muito tempo. Suspeito que as primeiras vacinas a se tornarem disponíveis, pelas evidências até aqui, vão impedir as pessoas de ficarem doentes. Possivelmente, elas vão prevenir a infecção um pouco, talvez não em todo mundo, e não por longo tempo. Sendo otimista, creio que no fim deste ano ou no começo do próximo teremos vacinas que serão úteis, mas não para frear a pandemia de vez. Elas nos permitiriam diminuir o risco de as pessoas adoecerem de maneira severa. Depois, outras vacinas poderiam nos conduzir ao fim da pandemia. Acho que veremos vários estágios ao longo do próximo ano em termos de quão efetivas as vacinas são. Medidas de contenção precisarão continuar por algum tempo”.

Sobre a volta à normalidade, Kucharski mostrou um cenário sem catastrofismo:

“Acredito que por um ou dois anos ainda teremos nossa rotina afetada, talvez bastante afetada. A esperança é a de que teremos uma vacina que possa proteger, sobretudo, os grupos de risco na primeira metade do ano que vem. Mesmo que a transmissão continue ocorrendo, não vamos ver tantas internações, com o impacto que elas tiveram neste ano. Mas creio que em algumas partes do mundo, que tiveram muita dificuldade em controlar o vírus, como alguns lugares da América Latina e da Ásia, onde muitos grupos de jovens foram infectados, isso vai construir uma certa imunidade e frear um pouco o surto. Nessas áreas, a segunda onda não deve ser tão ruim quanto a primeira. No longo prazo, suspeito que isso acabará se tornando outro vírus global como os de resfriado comum, para o qual os idosos já têm alguma imunidade e pessoas mais jovens adquirem infecções mais amenas”.

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