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terça-feira 17 de dezembro de 2019 às 11:12h

Partido confirma Elvis de Souza como novo presidente em Lauro de Freitas

LAURO DE FREITAS, POLÍTICA


O partido teve Antônio Carlos Magalhães como deputado e outros diversos políticos e governadores baianos na legenda

Em abril de 2020, completa 75 anos da criação de um dos primeiros partidos de direita conservadora no Brasil, a União Democrática Nacional (UDN). Fundada em 1945, defendendo o moralismo e o anti-populismo, na época figurado por Getúlio Vargas, o partido foi dissolvido 20 anos após sua criação, em 1965, pela ditadura militar, a qual a UDN havia auxiliado a instaurar. Após 54 anos adormecido, em 2019 o partido aparece, de duas vias diferentes, entre os 76 que estão em processo de formação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A UDN, em reunião com a Nacional, e as Estaduais, iniciaram as definições dos nomes que estarão comandando o partido nos municípios.

Em nota encaminhada ao #Acesse Política, a legenda informa que no município de Lauro de Freitas na Região Metropolitana de Salvador, Elvis de Souza, estará à frente do Partido. Elvis é Bolsonarista e cotado como pré-candidato a prefeito pelo partido. Estava no PSL, mas após desfiliação do presidente Jair Bolsonaro, o militar da reserva também deixou a legenda.

Segundo informações apuradas, Elvis estará participando nesta quarta-feira (18) às 18 horas, na Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, do evento de formalização do novo Diretório do MDB, a convite do presidente municipal, Marcelo Santana.

Antigo UDN na Bahia

Na Bahia a UDN era forte, competindo contra o PSD pelo poder no estado. Elegeu governador em 1947 (Octávio Mangabeira) e em 1958 (com Juracy Magalhães). Outros udenistas baianos foram: Aliomar Baleeiro, advogado tributarista integrante da Banda de música, grupo de políticos de formação jurídica que eram os mais vocais contra o Getulismo (Baleeiro seria nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal em 1968); Luís Viana Filho (seria nomeado Chefe do Gabinete Civil do Governo Castello Branco); Jutahy Magalhães (filho de Juracy) e Vasco Azevedo Filho.

Já o udenista Antônio Carlos Magalhães era um deputado ligado à chamada Chapa-Branca da UDN, pessoas que se filiaram à UDN não por um anti-getulismo entranhado, mas antes por conveniência da política local. Antônio Carlos veio a ser nomeado prefeito de Salvador em 1964, e depois foi eleito governador do Estado, tanto indiretamente quanto diretamente.

Recriação do UDN

Na “competição” no TSE para a criação do partido, a UDN de Marcus Alves está na frente. O fundador diz ter mais de 500 mil assinaturas em nove estados, quantidade necessária para que a legenda siga para a próxima fase de fundação de um partido – o registro do estatuto. No entanto, no site do Tribunal, aparecem pouco mais que seis mil assinaturas. Alves explica que isso ocorre por causa da burocracia para registros no cartório.

UDN
Marcus Alves (UDN), direita, e Marco Vincenzo (Nova UDN), esquerda, são os líderes das duas iniciativas que pretendem refundar a sigla de 1945 (Divulgação)

Já a Nova UDN de Vicenzo, segundo o IG Política, ainda está em fase de coleta de assinaturas. Ele relata que já possui cerca de três mil, mas no site do TSE não há registros delas. Há ainda uma aposta jurídica, já que foi enviada uma tese no Tribunal Superior Eleitoral de que, como o partido foi dissolvido pelo Ato Institucional nº 2 – que instituiu o bipartidarismo –, a UDN teria o direito de ser recriada (sem necessitar seguir o protocolo).

Os líderes das duas UDN têm se desentendido. Ambos se acusam de não resgatar a verdadeira história do partido. Vincenzo, inclusive, demonstra uma vontade de competitividade.”Ele [Marcus Alves] está fazendo o trabalho legítimo dele para recolher as assinaturas. Então que vença o melhor né?”.

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