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sexta-feira 16 de outubro de 2020 às 16:49h

Plataforma de desmatamento do cerrado pode auxiliar 1.386 Municípios inseridos no bioma

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A Universidade Federal de Goiás (UFG) lançou, nesta semana, uma plataforma para análise do desmatamento no cerrado. A área de Meio Ambiente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) considera positiva a iniciativa e destaca que o sistema pode ser utilizado para embasar políticas públicas do setor. Existem 1.386 Municípios brasileiros inseridos no bioma e que, portanto, podem ser avaliados na plataforma.

Cerrado Dpat (Deforestation Polygon Assessment Tool), traduzido do inglês como ferramenta de avaliação do polígono do desmatamento, tem como objetivo oferecer aos gestores públicos dos níveis federal, estadual e municipal dados confiáveis para a gestão ambiental. Ele disponibiliza on-line e gratuitamente as informações de desmatamento e áreas suscetíveis desde o ano 2000, com base nos programas Prodes e Deter Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na prática, o Cerrado Dpat avalia qualitativamente os dados Prodes, de monitoramento por satélites do desmatamento por corte raso na Amazônia Legal, e os dados Deter, que, segundo o Inpe, é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal. Para cada polígono de desmatamento identificado, a equipe da UFG realizou uma série de procedimentos, a partir de observações em campo e análises estatísticas.

Terra abandonada

Os trabalhos de campo percorreram 7.540 quilômetros pelos Estados do Tocantins, da Bahia, do Maranhão e do Piauí. Um exemplo de informação que pode ser tirada da plataforma é a extensão territorial e o percentual de área desmatada de acordo com o uso da terra. Houve destaque para as áreas chamadas “terras abandonadas”, que estão sem nenhum tipo de uso – na maioria dos casos o desmatamento ocorre para dar espaço à agricultura e à pastagem.

O item terra abandonada ocupa o segundo lugar dos usos da terra desmatada. Tanto pela quantidade de polígonos analisados (67) quanto pelo percentual de área (24,10%). “É o pior dos tipos de desmatamento, pois acaba com a vegetação, prejudica toda a biodiversidade e do ponto de vista produtivo aquela área desmatada sequer está sendo utilizada”, avalia um dos pesquisadores, Leandro Parente.

O projeto é gerido pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird/Banco Mundial) e financiado pelo Fundo Estratégico do Clima. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTI) é responsável pelo gerenciamento da plataforma.

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