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sexta-feira 11 de outubro de 2019 às 07:40h

“Precisamos sair desse lamaçal paralisante”, diz senador Wagner

POLÍTICA


O senador Jaques Wagner (PT) destacou nesta última quinta-feira (10) na tribuna do Senado a vitória dos socialistas nas eleições gerais em Portugal. “No Brasil precisamos, com urgência, sair desse lamaçal paralisante”, conclamou o senador, ao defender a união das forças progressistas. Para o senador, essas forças devem aproveitar as importantes lições da vitória portuguesa obtida nas eleições de 6 de outubro onde os socialistas venceram as eleições. “A primeira delas é a de que as forças progressistas têm de deixar de lado suas diferenças históricas e conjunturais e se unir no essencial: a luta contra a destrutiva austeridade neoliberal, que vem assolando as instituições democráticas e os sistemas representativos, jogando muitos países nas mãos de uma extrema direita reacionária, autoritária e raivosa”, disse o senador.

Para ele, o exemplo histórico de Portugal, que diante do fracasso econômico os rivais históricos formaram uma aliança para governar um país que estava em crise profunda e submetido a política de austeridade.  O senador comparou os que não acreditavam na criação de uma aliança política, em Portugal, entre o Partido Socialista, o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda, aos pessimistas simbolizados pelo “Velho de Restelo”, personagem dos Lusíadas, de Luís de Camões.

“Ante o fracasso da direita, liderada pelo Centro Democrático Social (CDS) e pelo Partido Social-Democrata (PDS), em formar maioria no parlamento, mesmo após a vitória eleitoral parcial, essas agremiações políticas, rivais históricas e ferrenhas, elas resolveram formar uma aliança para governar Portugal que estava em crise profunda e submetido a uma terrível política de austeridade. Os Velhos do Restelo não tardaram a se manifestar”, apontou Wagner. Ele lembrou que, ao contrário de uma ressaca, os portugueses saíram revigorados, com a vitória extraordinária nas eleições parlamentares do último domingo, em Portugal.

A legenda de centro-esquerda obteve 36,6% dos votos, o que equivale a 106 dos 230 assentos da Assembleia da República, com vinte cadeiras a mais que nas eleições de 2015. E por apenas 10 cadeiras, o Partido Socialista do líder António Costa deixou de formar maioria absoluta no Legislativo português.

O mais importante, segundo Wagner, foi o crescimento da Geringonça, que ao todo, tem agora 137 cadeiras no Parlamento, o que permite compor uma maioria folgada para continuar a governar Portugal. O Bloco de Esquerda, que tem agora 19 assentos, e a CDU (Coligação Democráticas Unitária), formada pelos comunistas e pelos verdes, que passou a ter 12 assentos.

No campo da direita, o rival PSD, Partido Social-Democrata, principal legenda da oposição, terminou com 28% dos votos, o que equivale a 77 assentos, 30 cadeiras a menos das que obteve em 2015, o pior resultado das últimas décadas. Já o CDS (Centro Democrático Social), conservador, terminou com míseros cinco assentos. “Assim, a eleição portuguesa marcou o crescimento dos partidos de esquerda e o encolhimento da direita, esta sim, em grande ressaca política em Portugal”, frisou.

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