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sábado 16 de janeiro de 2021 às 09:20h

Risco do candidato do Enem pegar Covid é maior no transporte público do que na sala de prova, dizem infectologistas

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O risco de um candidato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 pegar Covid-19 é maior nos deslocamentos até o local da prova do que durante a avaliação. É o que dizem infectologistas entrevistados pelo portal G1.

“São jovens que deveriam estar evitando aglomerações e que vão ser forçados a sair de casa, a pegar transporte público e a talvez encontrar grandes grupos nos corredores e portões”, afirma Alexandre Naime Barbosa, chefe da infectologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Segundo Barbosa, há uma maior possibilidade de controle dos protocolos sanitários nos locais de prova. Com distanciamento adequado entre as carteiras, uso constante de máscara, higienização com álcool 70% e ventilação natural (janelas abertas), os riscos de contaminação não são nulos, mas ficam reduzidos. Não há a mesma garantia nos momentos anteriores ou posteriores à prova.

“A gente sabe que não há distanciamento social nem limite de passageiros em ônibus, metrôs e trens ou nos barcos da região amazônica”, diz o infectologista. O Enem foi adiado no Amazonas, mas segue marcado para os dois próximos domingos nos outros estados da bacia amazônica.

“E, nos portões [das escolas onde farão a prova], os jovens vão encontrar os amigos ou conhecidos. Em provas de residência médica, recentemente, houve aglomerações absurdas nos corredores e escadas”, diz.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para prevenir a concentração de estudantes na entrada, antecipou a abertura dos portões para as 11h30.

Ainda assim, Barbosa acredita que há risco de formação de grandes grupos ou de desrespeito ao distanciamento social.

Ethel Maciel, epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), demonstra a mesma preocupação com a circulação intensa de estudantes nos dias de Enem. “A gente fica falando para todo mundo se manter nas suas bolhas sociais e, agora, vai estourar a bolha no Brasil todo ao mesmo tempo. É irresponsável”, afirma.

“Vai acelerar a segunda onda da pandemia, com o perigo de espalhar novas variantes do vírus.”

Contato com grupos de risco
Depois de pegarem transporte público, de se encontrarem com grandes grupos na porta do local de prova e de permanecerem por mais de 4 horas em uma sala, os candidatos do Enem provavelmente entrarão em contato com familiares ou colegas de trabalho do grupo de risco (idosos, obesos, pessoas com doenças respiratórias etc).

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