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sábado 3 de julho de 2021 às 07:20h

Saiba o que fazer caso tenha recebido vacina contra a Covid vencida

CURIOSIDADES, NOTÍCIAS


Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, quem tomou a vacina da AstraZeneca contra Covid-19 fora da validade de um dos oito lotes que já perderam a validade deve se revacinar –na prática, é como se a pessoa não tivesse sido imunizada.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19 define que quem tomou imunizante vencido precisa tomar nova dose pelo menos 28 dias depois de ter recebido a que foi administrada equivocadamente.

Não há, porém, notificação de efeitos adversos por causa da vacina recebida fora do prazo.

De acordo com Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin, datas de expiração são baseadas na estabilidade e na degradação dos componentes da vacina. “Após o prazo, alguns dos ingredientes podem perder a ação, diminuindo a proteção da vacina e deixando as pessoas vulneráveis.”

Levantamento do jornal Folha de S.Paulo identificou pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do país até 19 de junho. Os dados constam de registros oficiais do Ministério da Saúde. Os imunizantes com o prazo de validade expirado haviam sido utilizados em 1.532 municípios brasileiros.

Tratam-se de doses dos seguintes lotes, aqui acompanhados de suas respectivas datas de validade: 4120Z001 (29.mar); 4120Z004 (13.abr); 4120Z005 (14.abr); CTMAV501 (30.abr); CTMAV505 (31.mai); CTMAV506 (31.mai); CTMAV520 (31.mai); e 4120Z025 (4.jun).

Vacina ministrada fora da validade é considerada erro vacinal, assim como doses aplicadas de fabricantes diferentes ou vacina ministrada em grupos etários que ainda não têm aprovação para receber as doses (como crianças). Erros vacinais precisam ser oficialmente registrados pelos municípios para acompanhamento.

Cada pessoa vacinada no país é oficialmente identificada com um código individual, acompanhado do lote da imunização recebida, o produtor da vacina, a dose aplicada e a data de aplicação. Isso é feito justamente para acompanhamento do Ministério da Saúde e eventual identificação de erros vacinais.

Para Paulo Lotufo, médico da USP, para reverter esse tipo de erro vacinal é preciso “refazer a vacinação, sem estresse.” Ele reforça, ainda, que quanto maior o número de vacinados em massa, mais seguros estarão aqueles nos quais a vacina não gerou imunidade contra o coronavírus ou quem tenha tomado vacinas vencidas.

O erro, no entanto, pode e deve ser evitado. “Um dos requisitos para administração da vacina é a checagem da data de validade. Existe um protocolo, é preciso checar três vezes: na hora que prepara, que aspira e que aplica”, explica a epidemiologista Ethel Maciel, da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo). “É lamentável, em uma campanha com tanta dificuldade que a gente tenha ações como essas. É uma falha grande, que pode levar as pessoas a mais uma hesitação sobre as vacinas.”

A vacina da AstraZeneca tem validade de seis meses, assim como a da Pfizer. Esses prazos são definidos a partir das evidências disponíveis e podem sofrer alterações. A vacina da Janssen, por exemplo, ganhou um mês e meio adicional de validade recentemente –hoje, dura até quatro meses e meio.

O Canadá anunciou em maio deste ano que estendeu a validade de dois lotes de vacinas da AstraZeneca para sete meses. O órgão de saúde do país disse que recebeu um documento da farmacêutica que incluía “estabilidade do material e modelagem matemática que demonstravam qualidade, segurança e eficácia para que os dois lotes fossem mantidos por um mês a mais, num total de sete meses”. O mesmo não ocorreu no Brasil.

De acordo com Garrett, do Sabin, a maioria das vacinas existentes tem validade média de dois anos. “Esses prazos são revistos à medida em que novos dados de estabilidade se fazem disponíveis”, explica.

Procurada pela Folha de S.Paulo, a AstraZeneca não quis se posicionar sobre as vacinas ministradas após validade no país. A empresa informou que responde pela produção dos imunizantes, mas sua distribuição é de responsabilidade do PNI (Plano Nacional de Imunização).

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