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sexta-feira 12 de fevereiro de 2021 às 13:09h

Sem doses suficientes, cidades admitem paralisar campanhas de vacinação

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Com o estoque de vacinas perto do fim, prefeituras de algumas cidades vão restringir ou paralisar a vacinação na próxima semana. É o caso de ao menos 7 capitais, segundo levantou o jornal O Estado de S. Paulo.

A prefeitura do Rio de Janeiro disse que as doses disponíveis são suficientes para atender novos pacientes, ou seja, aqueles que não receberam a 1ª dose ainda, apenas até sábado (13).

“O município conta com a chegada de novas doses a partir da próxima semana. Caso isso não aconteça, o calendário será interrompido”, informou.

Em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, a vacinação já foi interrompida nos primeiros dias desta semana, e a cidade pode sofrer outra interrupção com a falta de doses. O lote disponível durará mais 3 dias, segundo previsão da prefeitura.

Em Niterói (RJ), onde a vacinação também foi interrompida nesta semana, a prefeitura prevê que as doses recebidas atendam somente idosos acima de 88 anos.

Salvador suspendeu a imunização de profissionais de saúde e restringiu a aplicação somente a maiores de 85 anos. Não há previsão para o início da vacinação dos idosos de 80 a 84 anos, grupo que seria o próximo a ser imunizado segundo o cronograma anterior.

Florianópolis (SC) tem 1.600 doses disponíveis, que devem ser suficientes apenas para a imunização dos próximos 3 ou 4 dias.

A prefeitura de Curitiba (PR) diz que as doses disponíveis durarão até a próxima 4ª feira (17.fev.2021).

As autoridades de Cuiabá (MT) também avaliam que a campanha durará mais 5 dias se não receber mais doses. A prefeitura diz que faltaram 6.000 doses para profissionais de saúde. As 3.000 doses que recebeu nesta semana já estão reservadas para os idosos com 85 anos ou mais.

Em Aracaju (SE), a previsão é de que, a partir da semana de Carnaval, somente aqueles que precisam receber a 2ª dose sejam vacinados porque o estoque para as primeiras aplicações deve terminar neste fim de semana.

Em Natal (RN), o estoque disponível é de 15.000 vacinas, e 13.300 unidades estão separadas para a 2ª dose. Portanto, somente 1.700 doses podem ser aplicadas em quem ainda não recebeu nenhuma.

São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Vitória (ES) e Recife (PE) devem seguir o cronograma previsto.

O Ministério da Saúde informou que, no dia 8 de fevereiro, alertou os Estados e municípios que, caso a ordem de prioridade determinada pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações) não fosse seguida, haveria risco de faltar vacinas.

A pasta diz que recebeu do laboratório indiano Bharat Biotech a garantia de entrega de 4 milhões de doses, o que ainda não ocorreu.

O Instituto Butantan, responsável pela produção da CoronaVac, já declarou em outras ocasiões que entregará novo lote a partir de 23 de fevereiro. Já a Fiocruz diz que fornecerá novas doses da vacina de Oxford apenas em março.

Estados pressionam governo

Com a falta de estoques, alguns Estados estão pressionando o Ministério da Saúde e o ministro Eduardo Pazuello por mais doses. Alguns deles querem comprar suas próprias vacinas, como é o caso da Bahia, que pretende adquirir a russa Sputnik V.

O ministério afirmou ao G1 que o envio de doses aos Estados segue critérios previamente definidos, como riscos de agravamento e óbito pela covid-19, manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais.

Em audiência no Senado, ao ser cobrado por senadores do Pará sobre o fato de o Estado ser o último no total de doses distribuídas, o ministro disse que o critério para entrega é a quantidade de pessoas que formam os grupos prioritários em cada Estado, e não a população total.

Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o Estado enviou ofício ao ministério solicitando informações sobre os critérios utilizados na divisão dos lotes.

O secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse que o Estado iria buscar a compra das doses diretamente com a indústria.

O secretário estadual da Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, disse na 4ª feira (10.fev.2021) que estava em Brasília para “cobrar do ministério algumas discrepâncias de quantitativo de doses”.

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