sexta-feira 26 de abril de 2024
Home / DESTAQUE / Bolsonaro coloca em dúvida a lisura do processo eleitoral

Bolsonaro coloca em dúvida a lisura do processo eleitoral

terça-feira 31 de julho de 2018 às 07:01h

O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, colocou em dúvida, nesta última segunda-feira (30), a lisura do processo eleitoral de outubro.

“As eleições, de qualquer forma, estão sob suspeição”, disse ele, durante entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura.

O argumento, segundo publicação no jornal Folha online, Bolsonaro considera o sistema eletrônico de votação é suscetível a fraudes. Ele criticou decisão do STF de anular dispositivo da lei eleitoral que previa a impressão do voto, após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

“Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas. Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições. Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia”, afirmou. Questionado sobre o motivo de disputar eleições que ele acredita serem passíveis de fraude, o político afirmou que não tinha outra escolha.

“Qual outro caminho eu tenho, entregar para o PT ou para o PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira. Todos nós desconfiamos.”

Durante a entrevista, ele afirmou que sente que “tem mais votos que Lula”.

“Eu sou recebido de uma forma completamente diferente do que o Lula foi em suas caravanas. E isso é em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. A aceitação é enorme para com o meu nome. O que o povo está vendo em mim é confiança, é credibilidade.”

Pesquisa realizada pelo Datafolha em junho mostra que o capitão reformado mantém a liderança da corrida presidencial nos cenários em que Lula está ausente, com 19% das preferências.

Durante a entrevista, Bolsonaro voltou a elogiar o regime militar, negando que tenha ocorrido um golpe em 1964.

“Não foi golpe, golpe é quando é pé na porta”, disse o candidato, com o argumento de que o presidente derrubado, João Goulart, abandonou o país e que seu cargo foi declarado vago pelo Congresso da época.

Ao mesmo tempo, disse que a tortura, comum durante o período militar, é algo que “abomina”.

Como vem fazendo, ele negou que seja homofóbico, racista e misógino.

Também disse que recebe auxílio moradia da Câmara mesmo tendo apartamento próprio porque tem direito ao benefício.

Veja também

Lira afirma ser imprescindível que Lula se envolva mais no recebimento de parlamentares

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (25), que o presidente Lula …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas