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domingo 8 de novembro de 2020 às 15:23h

Eleitores de 15 capitais desejam mudança na administração do município, segundo o Ibope

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Com mais de um mês de campanha, já é possível saber que nesta eleição a maioria da população das capitais deseja mudanças. Dados tabulados e publicado pelo G1 a partir das pesquisas aplicadas pelo Ibope em 25 delas mostram que em 15 o percentual dos eleitores que desejam mudanças é superior ao grupo dos que preferem manter o que é feito pela atual administração do município.

Apenas em São Luís (MA) não foi feita essa pergunta na segunda rodada de pesquisas Ibope. A pergunta feita pelo Ibope foi: “Pensando agora na maneira de administrar, o(a) sr(a) pessoalmente gostaria que fosse eleito para prefeito um candidato que”. E foram dadas as seguintes opções: “mudasse totalmente a administração do município”, “mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa”, “fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa”, “desse total continuidade à administração”.

O maior percentual de eleitores que preferem a mudança é registrado no Rio de Janeiro, capital cujo prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), que concorre à reeleição, também apresenta alto percentual de rejeição.

Para 73% dos cariocas, o próximo prefeito deve mudar “totalmente a administração do município” ou manter “só alguns programas e mudar muita coisa”. Apenas 21% dizem que o prefeito eleito deve fazer “poucas mudanças e dar continuidade para muita coisa” ou “dar total continuidade à administração atual”.

O desejo dos eleitores do Rio de algum modo reflete o quadro da disputa pela prefeitura. Na região Sudeste, além do Rio, São Paulo e Vitória também apresentaram alto percentual daqueles que desejam mudar a administração local. Na capital paulista, 64% afirmam que desejam mudança, enquanto 32% preferem a continuidade. A disputa em São Paulo está acirrada.

Altos percentuais em capitais do Nordeste

O alto percentual de eleitores que querem a mudança foi registrado também em capitais do Nordeste, como Maceió, João Pessoa, Teresina, Recife, Fortaleza, Aracaju e Natal. No outro extremo, estão capitais com altos índices de eleitores que desejam continuidade das políticas da atual gestão, caso de Salvador (60%), Boa Vista (57%) e Florianópolis (56%), além de Curitiba e Belo Horizonte.

Na capital mineira, o desejo do eleitorado coincide com o quadro da disputa. O atual prefeito Alexandre Kalil (PSD) lidera com 63% de intenções de voto, segundo a última pesquisa Ibope. A situação é parecida em Salvador, onde o então vice-prefeito e candidato à prefeitura Bruno Reis (DEM), do mesmo partido do prefeito ACM Neto, lidera com 61% das intenções de voto.

Na avaliação do professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Emerson Cervi, os dados refletem de certa forma a avaliação dos prefeitos nas capitais. Essa relação sugere que o desejo de mudança, segundo ele, está associado a uma maior chance de eleição de candidatos de oposição, assim como prefeitos bem avaliados ampliam as chances de serem reeleitos. Mas há outros aspectos que podem influenciar a escolha dos eleitores, como os candidatos que se apresentam como opção, no caso de prefeituras mal avaliadas, afirma.

“Prefeito mal avaliado é condição necessária para mudança, mas não suficiente. As pesquisas mostram que, das 25 capitais, em 15 há desejo de mudança e em apenas 5 a continuidade fica acima da margem de erro para mudança. Em outras 5 há empate técnico. Isso indica que o eleitor quer mudança na maior parte das capitais, porém, isso não é suficiente para ele votar em opções à atual gestão. Já nas 5 capitais em que a continuidade está acima da mudança, os candidatos à reeleição ou o candidato indicado pelo atual prefeito têm amplas vantagens sobre seus adversários”, observa Cervi.

Segundo o professor da UFPR, as campanhas municipais tendem a ser mais dinâmicas, e podem apresentar características em função dos eventos que ocorrem durante o período eleitoral. Parte desse cenário influencia na percepção dos eleitores sobre a gestão do atual prefeito e as opções que eles terão para votar na mudança.

“O contexto eleitoral também precisa ser considerado, desde as estruturas de apoio de candidatos a vereador, de um lado, até proximidade com o governador, por outro”, explica Cervi

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