quarta-feira 8 de maio de 2024
Foto: Reuters
Home / DESTAQUE / OMS elogia recuo da pandemia no Brasil, mas diz que números ainda são altos
segunda-feira 12 de outubro de 2020 às 15:49h

OMS elogia recuo da pandemia no Brasil, mas diz que números ainda são altos

DESTAQUE, MUNDO, NOTÍCIAS


A Organização Mundial da Saúde alertou nesta segunda-feira (12) sobre o aumento na quantidade de casos de infecções por novo coronavírus na Europa e nas Américas. Ainda assim, o Brasil foi destacado como exemplo positivo durante uma entrevista coletiva promovida pelo órgão. Diretor executivo da instituição, Michael Ryan disse que a OMS celebra o fato de que o Brasil mostra números “estabilizando ou recuando” na Covid-19, mas ressaltou que eles “seguem altos”. Além disso, Ryan comentou que o fato de que a desaceleração nos casos da doença “não exclui um novo pico” nos próximos meses.

A OMS segue preocupada com o aumento de contaminações. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização, lembrou que, nos últimos dias, foram registrados recordes consecutivos de casos diários da doença pelo mundo. “Muitas cidades e países também estão reportando um aumento nas hospitalizações e na ocupação de UTIs”, alertou Tedros, ao pedir que as nações sigam atentas aos problemas e que as pessoas mantenham as medidas já conhecidas para conter o problema. Ao mesmo tempo, ele lembrou que o quadro pelo mundo é irregular. “Quase 70% de todos os casos da Covid-19 reportados globalmente na última semana são de dez países e quase a metade dos casos vem de apenas três países”, destacou.

Em sua fala inicial, Tedros comentou a questão da imunidade de rebanho. Ele lembrou que nunca na história da saúde pública essa imunidade coletiva foi usada como estratégia para responder a um surto de doenças, “que dirá de uma pandemia”. “Isso é científica e eticamente problemático”, ressaltou. Como exemplo, disse que a imunidade de rebanho contra o sarampo requer que cerca de 95% da população esteja vacinada, com os 5% restantes protegidos pelo fato de que a doença não será disseminada entre os demais. No caso da pólio, essa porcentagem é de 80%, citou.

Nesse contexto, o diretor-geral da OMS lembrou que ainda não se sabe o quão forte ou duradoura é a resposta imune à Covid-19. Além disso, notou que muitas pessoas pelo mundo continuam a ser suscetíveis à doença, por isso deixar o vírus circular causará mais contaminações e mortes, advertiu, lembrando também que não se sabe o suficiente até agora sobre os efeitos de longo prazo da doença em parte dos pacientes.

Veja também

Semana que vem vamos nos reunir com municípios para negociações sobre desoneração, diz Haddad

Por causa da calamidade no Rio Grande do Sul, houve um pedido de adiamento por …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Pular para a barra de ferramentas