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quinta-feira 23 de julho de 2020 às 05:50h

PGR vê indícios de vantagens indevidas a Renan Calheiros e pede prorrogação de inquérito

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A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação, por 60 dias, do inquérito segundo o G1, que apura suspeitas de irregularidades no Estaleiro Rio Tietê e que envolvem o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Conforme o pedido, feito pela subprocuradora-geral Lindôra Araújo, chefe da Lava Jato na PGR, há elementos de prova que indicam que Renan Calheiros recebeu vantagens indevidas das empresas que formavam o consórcio de construção do estaleiro.

Procurado, o advogado do senador, Luis Henrique Machado, afirmou que não há provas contra Renan Calheiros e que a delação relacionada ao caso é “irresponsável.

“Mais uma delação irresponsável de Sérgio Machado [ex-presidente da Transpetro]. Mesmo gravando clandestinamente o senador Renan, ele não obteve qualquer prova, tampouco abordou o assunto sobre o estaleiro do Tietê. Vale lembrar que, ao todo, são 12 processos arquivados em relação ao senador, na sua grande maioria, pautadas por delações infundadas e despidas de justa causa”, argumentou a defesa.

Entenda o caso

O caso foi aberto para apurar suspeitas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte do senador. O inquérito tem como base a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado.

A PGR argumenta que precisa de mais prazo para tomar mais depoimentos, analisar material recolhido em mandados de busca e apreensão, além de dados de investigações da Lava Jato.

A PGR pediu ao STF que o depoimento de Renan Calheiros seja a última diligência a ser realizada.

Segundo os investigadores, as vantagens indevidas para Renan teriam sido intermediadas por um ex-assessor do senador, que teria captado doações, de acordo com o Ministério Público, para a direção estadual do MDB de Alagoas, em 2010.

“Os elementos de prova até então arrecadados indicam que houve o recebimento de vantagens indevidas pelo senador da República Renan Calheiros, pelo menos no ano de 2010, pagos por empresas que formavam o consórcio para construção do Estaleiro Rio Tietê”, escreveu Lindôra Araújo no pedido.

A chefe da Lava Jato afirmou ainda que “há fortes indícios” de que o ex- assessor “figurou como captador das doações realizadas”.

Os procuradores investigam um e-mail que trata da declaração de doação. Para os investigadores, “causa estranheza o fato de o arquivo ser datado de 25/05/2010, entretanto os dados vinculados indicam que esse foi criado posteriormente em 13/11/2010″. Outro indício que chama a atenção é o dado “Company: Senado Federal”, que sugere a possibilidade de o arquivo ter sido elaborado a partir de modelo criado em equipamento (microcomputador) de propriedade do Senado Federal.

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